Vaidade feminina e a influência na coluna: uso do salto alto

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19/01/2017 18:04

A maior parte das mulheres chegam a ter vários pares de sapato no estoque particular e são apaixonadas por um salto alto. O que muito tem se observado é que cada vez mais há uma grande variedade de modelos, cores, estilos e tipos de saltos. E por que trouxemos este assunto? Algumas mulheres e profissionais da saúde relatam que dores nas costas pioram com o uso prolongado do salto alto. A literatura, entretanto, fornece suporte controverso para esta relação. Mesmo assim, entendemos que o uso prolongado de saltos altos podem provocar efeitos em alguns segmentos corporais, como a coluna lombar, os joelhos e os próprios pés.

A marcha é uma sequência de repetições de movimento dos membros para mover para a frente, ou seja, realizar o movimento de andar e possui simplificadamente três fases: apoio, balanço, impulso e essas sofrem mudanças com o uso do salto alto. Com o tempo, estas alterações podem alterar a postura e o comprimento e força dos músculos e tecidos do nosso corpo. Claro, ao aumentarmos a demanda sobre um lugar do corpo, esta região responde com modificações como as que mencionamos. E esta alteração de comprimento e força de estruturas do corpo podem ser no próprio pé, mas também podem alcançar a coluna, tornando a sua curvatura mais acentuada.

Nosso corpo funciona de acordo com sua capacidade de receber novas demandas que são colocadas diante dele e se ajustando a elas. Uma ferramenta importante, eficiente e barata que temos para balancear efeitos de posturas prolongadas são exercícios. Os exercícios de alongamento, por exemplo, ajudam a melhorar a flexibilidade dos tendões e ajudam no desempenho de atividades livres de dor. Exercitarmos com alongamentos rotineiros os músculos das pernas e os pés podem ser boa estratégia nesse sentido!

O uso do salto alto, além de contribuir para a má postura, sobrecarrega a coluna pois o corpo tenta manter o equilíbrio corporal sobre a gravidade, o que gera processos adaptativos posturais. Aos que sentem dor na coluna e estão a procura de calçados para uso em tempo prolongado ou para exercícios, uma boa escolha de calçado é o tênis. Mas, via de regra, os saltos não estão vetados do guarda-roupa feminino. Para tanto, é importante alternar entre saltos altos e baixos, evitar o uso diariamente e não usá-los excessivamente.

Leia mais em:

1. SILVA, A., SIQUEIRA, G., Repercussões do uso do calçado de salto alto na postura corporal de adolescentes. Rev Paul Pediatr 2013;31(2):265-71. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rpp/v31n2/20.pdf

2. RUSELL, B. The effect of high-heeled shoes on lumbar lordosis: a narrative review and discussion of the disconnect between Internet content and peer-reviewed literature. Journal of Chiropratic Medicine, 2010; vol.9, issue 4, 166-173. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3206568/

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Saudações!

Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se!

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