Tipos de exercícios - Exercícios de Fortalecimento
Fortalecimento muscular: uma importante modalidade de exercício físico
Exercício de fortalecimento é uma forma de exercício resistido, no qual uma resistência é oferecida durante a execução do movimento, que visa o aumento e a melhora dos músculos esqueléticos. Durante sua execução, é possível usar variadas amplitudes de movimento, variações das cargas aplicadas, além de tempo específico de contração dos músculos e velocidade. O Pilates, que falamos aqui no blog nas últimas postagens, é um dos tipos de abordagem que engloba o fortalecimento muscular, além de outras características já citadas.
O fortalecimento muscular é importante para tratamento e prevenção de lesões; porém para que os ganhos sejam seguros, o treinamento da musculatura deve ser executado de forma
correta, obedecendo às peculiaridades de cada grupo muscular e as capacidades e limitações de cada indivíduo. Cada grupo muscular trabalha de uma forma e é preciso treinar o músculo da maneira como ele funciona para que a intervenção seja efetiva. Alguns grupos musculares trabalham de maneira a lidar com a sustentação do organismo, mantendo-se contraídos a maior parte do dia, enquanto outros estão relacionados à execução do movimento, contraindo-se de maneira rápida e forte.
Benefícios gerais advindos da prática dos exercícios de fortalecimento.
- Acelera o metabolismo
- Aumenta a autoestima
- Auxilia no controle da diabetes
- Beneficia o sistema digestivo
- Aumenta a força e a resistência
- Auxilia na prevenção da osteoporose
- Contribui para o equilíbrio
- Melhora o humor
Indivíduos com dor crônica também se beneficiam destes exercícios. Os músculos desempenham papel fundamental na sustentação do nosso corpo e, por isso, o estímulo feito de maneira correta e bem orientada, traz ganhos para aqueles com dores relacionadas aos sistemas muscular e esquelético, foco do nosso blog. Por exemplo: além de todos os benefícios citados anteriormente, evidências científicas demonstram
que a fraqueza da musculatura lombar e dos músculos da região abdominal está direta e indiretamente relacionada à dor lombar crônica (DLC), fazendo com que o fortalecimento dessas musculaturas específicas, seja um dos passos no tratamento de indivíduos que apresentem este tipo de dor. Dentre os estudos é possível ainda perceber ganhos significativos quanto a qualidades de vida apresentada pelos indivíduos antes e depois do início da prática de exercícios, dentre eles o de fortalecimento.
Não gosto ou não posso ir à academia, nem tenho acesso a um estúdio de Pilates, e agora?
Esse tipo de treino é bastante versátil e pode ser feito em praticamente qualquer lugar, inclusive em casa. Será preciso, apenas, providenciar um local adequado, se possível, os tradicionais
halteres, caneleiras, bastões e, caso não os tenha, desculpa não existe, pois podem ser substituídos por sacos de quilos de alimentos, garrafas pets preenchidas com areia, cabos de vassoura e tudo que a criatividade conseguir adequar. Ficou interessado? Procure ajuda para incorporar estes exercícios a sua rotina de acordo com suas necessidades !
Se você possui dor crônica musculoesquelética, o exercício de fortalecimento pode trazer todos esses benefícios que foram citados, além de ter uma importante ação no controle da dor, por isso, e para uma execução adequada, procure profissionais capacitados que possam orientá-lo quanto à prática dessa modalidade.
Referências:
LIZIER, Daniele Tatiane; PEREZ, Marcelo Vaz; SAKATA, Rioko Kimiko. Exercícios para tratamento de lombalgia inespecífica. Rev. Bras. Anestesiol., Campinas , v. 62, n. 6, p. 842-846, Dec. 2012
IMOTO, Aline Mizusaki; PECCIN, Maria Stella; TREVISANI, Virgínia Fernandes Moça. Quadriceps strengthening exercises are effective in improving pain, function and quality of life in patients with osteoarthritis of the knee. Acta ortop. bras., São Paulo , v. 20, n. 3, p. 174-179, 2012 .
POLLOCK, M.L.; LEGGETT, S.H.; GRAVES, J.E.; JONES, A.; FULTON, M.; CIRULLI, J.. Effect of resistance training on lumbar extension strength. American Journal of Sports Medicine. v. 17, n. 5, p. 624-629, 1989