Saiba mais: Dor no ombro.

Depois da dor na coluna e das dores de joelho, as dores no ombro são as dores musculoesqueléticas mais frequentemente ouvidas por profissionais da saúde. Elas não respeitam sexo nem idade. Ocorrem em crianças, adultos e idosos, homens e mulheres, esportistas ou sedentários. São especialmente desagradáveis, porque limitam movimentos simples, como erguer e abaixar os braços, e muitas vezes  piora  durante a noite. Em grande parte dos casos, dores no ombro são sintomas de lesões provocadas pela repetição de movimentos que machucam os tendões e por processos crônico-degenerativos que ocorrem após os 40 ou 50 anos de idade.

Para entender melhor como ocorre a dor no ombro precisamos saber que este é um complexo articular responsável por grandes amplitudes de movimento. Alguns ossos fazem parte da articulação do ombro, dentre eles a clavícula, a omoplata ou escápula  e o úmero.

A clavícula se articula em uma extremidade com o esterno e na outra com a escápula, através do acrômio. Além disso, a escápula se articula com o úmero, considerada a articulação do ombro propriamente dita, e com o gradil costal com movimentos de deslizamento. Para completar, existe uma região, abaixo da musculatura superficial do ombro, músculo deltoide, onde acontecem deslizamentos e onde se encontra uma bolsa de líquido, chamada de articulação subdeltóidea. Todas essas articulações funcionais favorecem o movimento através da ação dos músculos e tendões responsáveis pela estabilização e realização dos movimentos.

Em geral, as dores no ombro surgem devido a mobilização excessiva do braço, principalmente acima da cabeça ou quando levado as costas, ou processos traumáticos. Por vezes, podem estar acompanhadas de processos inflamatórios, edema (inchaços) e lcerações. As dores persistentes ou recorrentes no ombro associam causas agudas com aspectos posturais, ativação muscular e hábitos de vida do indivíduo. Nesses casos, é comum a dor estar acompanhada da limitação do movimento e prejuízo nas atividades diárias

O tratamento da dor no ombro dependerá da causa e das características apresentadas pela dor, podendo ser administrado, por médicos especializados, analgésicos, anti-inflamatórios e, em casos mais severos, realizadas cirurgias corretivas.

A atuação da fisioterapia no paciente com dor no ombro está baseada no diagnóstico cinesiológico funcional encontrado, dando prioridade a preservação da função da articular. Para redução da dor podem ser utilizados recursos eletroterapêuticos, termoterápicos e também a terapia manual. Para melhora da função e retorno as atividades normais, a conduta terapêutica segue com cinesioterapia, exercícios de postura e     equilíbrio, fortalecimento muscular, liberação miofascial evoluindo de acordo com o quadro de cada indivíduo. Assim como nas outras formas de intervenção, o sucesso do tratamento se dá pela dedicação do paciente e envolvimento na terapia. Isso acontece através da promoção do conhecimento sobre a disfunção e mudança nos hábitos de vida, tornando os resultados duradouros.

Orientações e cuidados gerais que podem evitar desconfortos e amenizar as dores:

1) Procure tomar cuidados com sua postura no dia a dia e nas atividades que você realiza, evitando sobrecarga do ombro.

2) Evite carregar bolsas muito pesadas em um lado só do corpo. Organize sua bolsa (pasta) com frequência para retirar objetos desnecessários. Caso seja necessário carregar mais peso, as mochilas são as opções mais indicadas.

3) Se você utiliza seu braço por muitas horas ao longo do dia, procure fazer pausas breves para descansar antes de surgir a fadiga.

4) Se você utiliza o computador, apoie as costas na cadeira e os braços na mesa (ou nos braços da cadeira). Ao sustentar o tronco e os braços você reduz a tensão dos ombros.

5) Ao deitar-se de lado para dormir, verifique se o seu travesseiro preenche o espaço existente entre seu ombro e sua cabeça. Se você já possui uma lesão, deite sobre o lado oposto e apoie seu braço doloroso sobre um travesseiro ou almofada.

6) Faça exercícios com cautela e observe as orientações e correções de um profissional habilitado.

7) Alongamentos e exercícios de relaxamento são indicados para diminuir a tensão de toda a musculatura que envolve essa articulação.

8) Cuide da sua saúde geral, através da realização de atividades físicas, alimentação saudável e cultivando bons sentimentos.

Movimente-se!!

 

 

 

 

 

 

 

Referências

ABC.MED.BR, 2014. Dores no ombro: de onde elas vêm? Quais são as características? Como são feitos o diagnóstico e o tratamento? Como evitá-las?. Disponível em:

Philadelphia Panel. Philadelphia Panel evidencebased clinical practice guidelines on selected rehabilitation interventions for shoulder pain. Phys Ther. 2011; 81(10):1719-30.   

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   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

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Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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