Será que minha postura pode influenciar na dor que sinto?

Será que minha postura pode influenciar na dor que sinto?

A dor possui um papel de alerta para comunicar ao organismo que algo está errado. A dor crônica, quando o estímulo doloroso é dado de forma repetitiva ou contínua por período prolongado, gera um estresse orgânico, incluindo o sistema possivelmente lesionado e o sistema nervoso, e, por vezes, ocasiona certas incapacidades quando não manejadas corretamente.

As alterações posturais, de uma forma geral, podem gerar desde desconfortos leves até lesões mais graves quando não tratadas 

com a devida importância, representando fonte de dores na coluna vertebral, joelhos e demais articulações.

            A coluna vertebral funciona como o eixo do nosso corpo, dando sustentação ao mesmo tempo que permite o movimento, através de suas conexões com os outros ossos, articulações e a musculatura. A coluna ou espinha, como comumente chamada, estende-se do crânio até a pelve e, é composta por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas e separadas pelo disco intervertebral. A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: CervicalTorácicaLombar e Sacro-Coccígea

Para ter uma boa postura corporal é necessária a manutenção de três curvaturas fisiológicas da coluna quando observada em perfil: a lordose cervical (região do pescoço), a cifose torácica (no meio das costas, região torácica) e a lordose lombar (área mais baixa, próxima ao quadril). Ao observar a coluna em uma vista posterior (de costas), devemos visualizar uma linha reta. Neste caso podemos dizer que a coluna está alinhada.

Em nosso dia 

a dia adotamos posturas que modificam essas curvaturas e geram tensão muscular, seja no local de trabalho, na realização de alguma atividade em casa, ou até mesmo em um momento de lazer, fator que influencia diretamente no bem estar geral de nosso organismo.

Para a preservação da boa postura e prevenção de possíveis dores devemos adotar uma séria de medidas de modificação do estilo de vida. Um momento muito importante do nosso dia é o nosso período de descanso, por exemplo quando estamos dormindo. É interessante pensarmos que nesse tempo nosso corpo deve estar o mais confortável possível para promover o repouso absoluto. Uma posição agradável para a maioria das pessoas e que promove relaxamento seria deitado de lado, com as pernas levemente dobradas e um travesseiro entre as mesmas e outro na cabeça. É importante lembrar que o travesseiro utilizado sob a cabeça deve ser do tamanho da altura entre orelha e a linha do ombro, o que permitirá que a cabeça não permaneça nem muito elevada, nem caída em relação a coluna.

Existem algumas outras medidas que podemos tomar no dia a dia para prevenir a piora e por vezes melhorar ou prevenir um quadro de dor. Se você trabalha utilizando computador, deve ter atenção a altura da tela compatível com a altura dos seus olhos, altura do teclado permitindo flexão de aproximadamente 90º de cotovelo, altura do acento, permitindo o alcance dos pés no chão e favorecendo a manutenção do alinhamento postural, como na figura baixo.

 

 

Ao carregar um objeto pesado devemos trazer esse objeto próximo do nosso corpo, tentando manter a coluna ereta e usando as pernas para realizar o movimento:       

                                                                                                          

            Existem muitas outras formas para podermos nos cuidar e corrigir nossa postura. Continue acompanhando o blog, deixe suas dúvidas e preserve a sua saúde junto com a gente.

 

Referências:

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 

CALAIS-GERMAIN, Blandine. Anatomia para o Movimento. V. I: Introdução à Análise das Técnicas Corporais / Blandine Calais - Germain; [tradução Sophie Guernet]. São paulo: Manole, 1991. 

BEM-VINDO AO SITE DO MOVIMENTO

Saudações!

                                                        

   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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