Qual a melhor forma de usar mochilas e bolsas para manter a saúde da nossa coluna?

       Olá Amigos!

   Atualmente, a dor na coluna é uma das principais queixas musculoesqueléticas em populações jovens, adultas e idosas. Dentre os diversos fatores que podem contribuir para desconfortos na coluna em diferentes fases da vida, estão: Idade, sexo, fatores hereditários, sedentarismo, obesidade, problemas psicológicos e permanência por longos períodos em uma mesma postura com sobrecarga das estruturas musculoesqueléticas.

        O modelo socioeconômico em que vivemos faz com que tenhamos que permanecer por longas horas fora de casa, seja para trabalhar ou estudar. Com isso, vem a necessidade de carregar nossos pertences pessoais em bolsas e/ou mochilas. Mas qual a melhor forma de transportar esses objetos?

        No que diz respeito ao peso ideal de mochilas e bolsas, ainda não existe consenso na literatura. Porém, a maioria dos estudos recomenda que a mochila ou bolsa tenha até 10% do peso corporal de quem está usando. Além disso, é importante que os materiais mais pesados fiquem mais próximos da coluna, evitando que o objeto gere uma sobrecarga maior.

        A forma de carregar a mochila também é um fator importante e que deve ser levado em consideração, pois a forma inadequada de transporte associada ao excesso de peso e o tempo de exposição ao esforço pode gerar dores, desequilíbrio muscular e alterações posturais a longo prazo. Dentre as diversas formas de carregamento de mochilas e bolsas, recomenda-se que esta tenha duas alças largas e acolchoadas, que devem ser acomodadas sobre os ombros de forma simétrica. 

        Em 2016, a faculdade de Dublin na Irlanda publicou as diretrizes sobre o uso de bolsas escolares, onde dá algumas dicas de como carregar de maneira adequada o seu material. Dentre as dicas citadas, destaca-se: usar mochila com estofamento na parte posterior, alças ajustáveis (a mochila deve ficar no nível da cintura e próxima ao corpo); utilizar uma mochila com alça acolchoada e correia do quadril (a alça acolchoada é mais confortável e protege os ombros e a correia no quadril ajuda a distribuir o peso, aproximando a mochila do corpo); colocar os itens mais pesados na mochila perto das costas; usar  as alças em ambos os ombros com a mochila voltada para trás (este método de transporte requer menos esforço e incentiva uma melhor postura do que carregar a mochila sobre um ombro ou carregando em uma mão) e carregar apenas o que é necessário.

        Seguindo algumas recomendações simples podemos minimizar as consequências do uso inadequado de mochilas e bolsas no nosso cotidiano, garantindo um conforto maior ao carregar nossos pertences pessoais e evitando maiores problemas a longo prazo. Vamos aplicar essas dicas no nosso dia-a-dia? Movimente-se!

REFERÊNCIAS

CANDOTTI, C. T; NOLL, M; ROTH, E. Avaliação do peso e do modo de transporte do material escolar em alunos do ensino fundamental. Revista Paulista de Pediatria, v. 30, n. 1, p. 100-106, 2012.

DOCKRELL, S; BLAKE, C; SIMMS, C. Guidelines for schoolbag carriage: An appraisal of safe load limits for schoolbag weight and duration of carriage. Work, v. 53, n. 3, p. 679-688, 2016.

DOCKRELL, S; SIMMS, C; BLAKE, C. Guidelines on schoolbag use: Messaging to inform the stakeholders. Work (Reading, Mass.), v. 54, n. 2, p. 489-492, 2016.

BEM-VINDO AO SITE DO MOVIMENTO

Saudações!

                                                        

   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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