Os riscos do uso excessivo de analgésico para dor crônica
O consumo de analgésicos por parte dos pacientes com dor crônica de origem musculoesquelética é elevado em todo mundo. No Brasil, a maioria dos analgésicos tomados são os considerados mais simples, sendo principalmente dipirona e paracetamol, pois eles não necessitam de prescrição médica, outros mais complexos já necessitam.
Em um estudo realizado em Londrina- PR com 171 idosos, onde desses 107 apresentam alguma dor crônica, quando perguntados quanto ao principal meio para amenizar as dores, 80,37% relataram o uso de fármacos, sendo os analgésicos simples os mais utilizados (Dellaroza et al, 2008).
Para o uso de fármacos de forma responsável, o paciente deve ser avaliado pelo médico, que irá escolher, baseado no caso e no seu conhecimento prévio, o medicamento que mais se adequa a cada indivíduo, com uma dose e prazo determinados. Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias. O uso desses fármacos sem prescrição médica pode gerar riscos para a saúde como: intoxicações; agravamento da doença;o corpo pode acabar se adaptando aquela dosagem de fármaco, podendo, com o tempo, ser necessária uma maior dosagem para amenizar a dor; combinação inadequada, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro; pode causar reações alérgicas; dependência; entre outros.
Outro estudo analisou os dados de artigos que já haviam sido publicados sobre alívio da dor com o uso de analgésico em pacientes com dor crônica. Foram encontrados 13 estudos sobre o tema e os resultados mostraram que os benefícios do uso de analgésicos nesta população são poucos e de curto prazo ( Shaheed et al, 2016).
Fica a pergunta, o que fazer para amenizar a dor?
Quebrando o ciclo da dor! Esse ciclo ocorre quando a dor gera alterações no sono, humor, nas atividades diárias, funcionalidade. Podemos quebrar esse ciclo com o movimento! Buscando realizar um exercício físico que seja prazeroso, realizando mais atividades no dia-a-dia e cuidando melhor da saúde. https://movimente-se4.webnode.com/news/como-podemos-quebrar-o-ciclo-da-dor/
Referências:
https://www.scielo.br/pdf/ramb/v54n1/18.pdf
https://archinte.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=2522397#References