Medidas De Prevenção Para A Dor Lombar

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31/01/2017 15:07

Olá, pessoal, eu me chamo Ingrid, estudante de Fisioterapia, e vim conversar um pouco com vocês sobre prevenção para dor lombar. Você já pensou sobre isso? Podemos observar que a dor lombar é queixa bastante recorrente no nosso dia a dia, já que ouvimos vizinhos, colegas de trabalho ou até mesmo dentro da nossa casa alguém se queixando de dor nas costas.

Além das repercussões funcionais que a dor lombar pode trazer como não conseguir realizar atividades diárias, este é um dos problemas de saúde mais caro do mundo - tanto devido o uso de medicamentos como pelo afastamento do trabalho devido à dor. O número de pessoas acometidas está suscetível a aumentar nos próximos anos, por isso temos que saber como evitar a dor lombar e sua recidiva.

Sabemos, em outras postagens, que a dor tem fatores multifatoriais, tanto os fatores estruturais do nosso corpo, por exemplo, fraqueza muscular, como fatores ergonômicos, uma postura inadequada adotada por períodos longos de tempo como também na realização de exercícios do dia a dia com interferir no surgimento dessa dor.

Hoje gostaríamos de trazer um resumo de um estudo muito importante sobre práticas preventivas para a dor lombar, o artigo Prevention of low back pain: a systematic review and meta-analysis (Prevenção da dor lombar: revisão sistemática e metanálise) de Daniel Steffens e colaboradores. Esta revisão foi publicada em 2016 e teve como objetivo investigar a eficácia das intervenções para a prevenção da dor lombar, realizando um compilado de informações de artigos com essa proposta. De diversas medidas investigadas, as medidas de prevenção que apresentaram uma resposta positiva para redução na recorrência da dor lombar e afastamento do trabalho foram a realização de exercício físico, tanto isolado quanto associado a medidas de educação em saúde. Outras abordagem como, medidas de educação em saúde isoladas, o uso de cinta e de palmilhas de sapato não trouxeram resultado significativo para a redução de recidivas na dor lombar.

Os artigos usados para essa revisão tinham como abordagem tanto exercícios de fortalecimento, alongamento e de resistência da musculatura da coluna como exercícios aeróbicos, e gerais; mudança no estilo de vida, explicação sobre anatomia da coluna, biomecânica, fisiopatologia e ergonomia.

Este trabalho também recebeu atenção de outros tipos de mídia, já que o assunto tem se mostrado como bastante importante para as pessoas em geral! O professor Chris Maher, um dos autores do trabalho, afirmou, para o The NewYork Times, que exercícios e educação em saúde pode reduzir o risco de um episódio de dor lombar em quase metade nos próximos anos.

Ao ler a respeito disso, e pensar em minha prática do dia a dia, penso que podemos perceber em nossa rotina que, quando estamos realizando regularmente algum tipo de exercício físico, nosso corpo passa a responder melhor quanto a resistência física, não cansamos tão facilmente quanto antes, dormimos melhor e até podemos perceber uma redução quanto a frequência de dores lombares, corroborando com os resultados que este artigo nos traz.

E você, tem se movimentado?

Abraços,

Ingrid

Referências:

STEFFENS, Daniel et al. Prevention of low back pain: a systematic review and meta-analysis. JAMA internal medicine, v. 176, n. 2, p. 199-208, 2016.

REYNOLDS, G. To prevent back pain, orthotics are out, exercise is in. The New York Times. New York 27 jan. 2016

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Saudações!

Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se!

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