Influência da postura sentada na dor lombar crônica

Olá, amigos do Movimento!

 

 

      A dor lombar crônica atinge grande parte da população levando à incapacidade funcional. Esta condição de saúde envolve processos psicossociais, comportamentais e fisiopatológicos, que chegam a afastar muitos trabalhadores de suas atividades laborais. Diversos fatores estão associados com a dor lombar crônica como idade, sexo, peso corporal, prática de atividade física, atividades laborais e posturas adotadas. A fadiga e os déficits musculares ocasionados por posturas inadequadas e repetitivas, principalmente a postura sentada, podem contribuir para o surgimento e manutenção da dor lombar.

 

       A maioria da população passa grande parte da sua vida sentada, tendo como consequência o desequilíbrio muscular entre flexores e extensores do tronco, diminuição da estabilidade e mobilidade do quadril, pelve e coluna lombar, que podem influenciar na dor lombar. Além desses, a manutenção de uma postura sentada associada ao sedentarismo pode gerar diminuição da mobilidade do quadril, encurtamentos musculares, diminuição de força muscular e amplitude de movimento. A prática regular de atividade física pode reduzir as alterações anteriormente citadas, gerando um melhor funcionamento do corpo e diminuindo a incapacidade gerada pela postura em questão.

 

       Para auxiliar os indivíduos no manejo da dor e propor uma reeducação postural, surgiu em 1947, a Escola de Postura. Existente em vários locais no mundo, a Escola tem como um dos seus serviços uma abordagem multidisciplinar de reeducação postural. Seus objetivos são reduzir dor, estimular a atividade intervalada, ensinar noções de posturas, ergonomia e mecânica corporal. Associando teoria e prática, esta intervenção implementa a atividade física como instrumento de mudança e capacita o indivíduo a prevenir novos episódios de dor lombar. A Escola de Postura mostrou-se eficaz nos desfechos sobre redução da intensidade da dor, redução da incapacidade funcional e retorno ao trabalho em curto e médio prazo, quando comparado com outras terapias.

 

       Diante do exposto, podemos conhecer alguns prejuízos ocasionados por posturas adotadas por longos períodos de tempo. Uma estratégia de grande relevância é a prática de atividade física, trazendo inúmeros benefícios para o corpo e levando a melhora da capacidade funcional e da qualidade de vida. Movimente-se!

 

 

 

REFERÊNCIAS

TOBO, Andrea et al. Estudo do tratamento da lombalgia crônica por meio da Escola de Postura: Study of chronic low back pain treatment using the Back School. Acta Fisiatr, São Paulo, v. 3, n. 17, p.112-116, jun. 2010.

 

BARROS, Suélem Silva de; ÂNGELO, Rita di Cássia de Oliveira; UCHÔA, Érica Patrícia Borba Lira. Lombalgia ocupacional e a postura sentada: Occupational low back pain and the sitting position. Rev Dor, São Paulo, v. 3, n. 12, p.226-230, set. 2011.

 

ALMEIDA, Isabela Costa Guerra Barreto et al. Prevalência de dor lombar crônica na população da cidade de Salvador: Prevalência de dor lombar crônica na população da cidade de Salvador. Rev Bras Ortop, Salvador, v. 3, n. 43, p.96-102, mar. 2008.

 

 

BEM-VINDO AO SITE DO MOVIMENTO

Saudações!

                                                        

   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
+

Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
+