IMPACTO DAS CRENÇAS NEGATIVAS NA FUNCIONALIDADE DE INDIVÍDUOS COM DOR LOMBAR CRÔNICA

Você sabia que pensamentos negativos (catastróficos) relacionados ao medo de movimentar e a evitação do movimento podem levar ao aumento da dor, diminuição do nível de atividade e incapacidade funcional em indivíduos com dor lombar? O receio que determinado movimento gere dor, leva o indivíduo a evitar o movimento, atitude esta que é debilitante e resulta de uma compreensão equivocada de que o movimento predispõe a uma nova lesão. O mais interessante é que, muitas vezes, esse pensamento negativo sobre o movimento e a atitude resultante são inconscientes, ou seja, na maioria das vezes nem sabemos que temos medo.

 

 

Uma das estratégias do manejo da dor lombar crônica consiste na recomendação de promover o retorno gradual à atividade física e evitar o repouso. Contudo, indivíduos que apresentam crenças negativas e atitudes de evitação do movimento tendem a não seguir essa recomendação, interferindo na evolução clínica e a na participação efetiva no tratamento.

 

Estudos científicos demonstraram que existe uma relação entre a dificuldade de realizar tarefas do cotidiano e a dor com altos níveis de crenças negativas por medo e evitação do movimento. Destaca-se que a dor influencia a capacidade de realizar tarefas e o medo em realizar movimentos corporais do cotidiano, sendo que o receio que determinado movimento gere dor também mostrou relação direta com uma menor capacidade de executar atividades diárias e prejuízos na qualidade de vida.

 

Assim, faz-se necessária a adoção de estratégias que utilizam o próprio movimento corporal como ferramenta para diminuir o medo de movimentar, a catastrofização e aumentam a auto-eficácia e os níveis de capacidade funcional. Por exemplo, utilizando a exposição gradual ao movimento e atividade, ou seja, através da vivência de situações na qual o indivíduo realiza movimentos ou atividades que são temidas, da situação de menor medo a situação que ocasiona maior medo, associada a compreensão da sua condição de saúde. Essas estratégias trazem impacto na diminuição de crenças negativas, pensamentos catastróficos e comportamentos de evitação do movimento. Que tal rever certas crenças de medo e evitação do movimento? A equipe do Projeto Movimento pode te ajudar!

Movimente-se!

 

REFERÊNCIAS:

 

NAVA‐BRINGAS, Tania Inés et al. Crenças de medo e evitação aumentam a percepção de dor e incapacidade em mexicanos com lombalgia crônica. Revista Brasileira de Reumatologia, [s.l.], v. 57, n. 4, p.306-310, jul. 2017. Elsevier BV. https://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2016.09.004.

 

VIEIRA, Érica Brandão de Morais. Programa para aumentar a autoeficácia e diminuir o medo da dor e evitação do movimento em pacientes com lombalgia crônica - PROAME. 2016. 202 f. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

 

LUSTOSA, Lygia Paccini; GOULART, André; SILVÉRIO, Francisco José. Dor lombar crônica e cinesiofobia: impacto no desempenho funcional. Terapia Manual, Belo Horizonte, v. 42, n. 9, p.114-118, fev. 2011.

 

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   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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