Fibromialgia e exercício

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26/05/2017 09:36

A Fibromialgia é uma condição de saúde associada à dor crônica (há mais de 3 meses) generalizada no corpo, somado a outros sintomas que comumente aparecem, entre eles: alteração no sono, fadiga, rigidez matinal, depressão, ansiedade, dor de cabeça, entre outros. Esses sintomas acabam provocando alterações no dia-a-dia, como diminuição da disposição para realizar trabalho em casa e fora dela, a pessoa passa mais tempo em casa, gera um maior grau de estresse e ansiedade. O tratamento para fibromialgia deve ser feito de forma multidisciplinar, com acompanhamento de médico, psicólogo, fisioterapeuta.

Devido aos sintomas citados acima, a fibromialgia pode levar ao sedentarismo, diminuição da funcionalidade, podendo causar o afastamento do trabalho ou faltas constantes por conta dos sintomas anteriormente citados. A ciência tem mostrado que um dos tratamentos para o seu enfrentamento é a prática de exercício físico, pois eles atuam nos aspectos físicos, psicológicos, liberando hormônios que promovem o bem-estar e diminuem a dor, promovendo assim uma melhora na qualidade de vida. Soma-se a isso a maior autonomia do paciente para realizar atividades físicas e a redução do risco do aparecimento de sintomas de dor devido à inatividade.

Existem algumas modalidades de exercícios estudadas para pessoas com Fibromialgia. Exercícios aeróbicos, por exemplo, como a caminhada, são muito indicados, podendo complementar com exercícios de força e de alongamento. Exercícios realizados na água, como a hidroterapia, também são muito indicados, pois as propriedades da água reduzem o impacto nas articulações, melhora o tônus muscular e gera a melhora da circulação sanguínea e relaxamento dos músculos devido a temperatura da água. Estudos trazem que exercícios na água melhoram níveis de dor, os sintomas da dor, níveis de ansiedade e depressão e melhoram a flexibilidade e a qualidade do sono.

Outro tipo de exercício recomendado é o tai chi chuan, é uma arte marcial desenvolvido pelos chineses, se propõe melhorar o equilíbrio, qualidade de vida e do sono, reduzir os níveis de dor. Esse exercício trabalha por meio da associação da consciência corporal, domínio dos movimentos circulares suaves e da respiração, relaxamento.

Para começar, precisamos observar que os exercícios devem ser feitos de forma gradual (começando com pouco tempo, repetição e carga e ir aumentando com o tempo) e realizados de 2 a 3 vezes por semana, inicialmente. Então, busque um exercício que você gosta e um profissional para lhe acompanhar e MOVIMENTE-SE!

Referências:

Ángel García D, Martínez Nicolás I, Saturno Hernández PJ. «Abordaje clínico de la fibromialgia: síntesis de recomendaciones basadas en la evidencia, una revisión sistemática». Reumatol Clin. 2016

Cadenas-Sánchez C, Ruiz-Ruiz J. Efecto de un programa de actividad fı´sica en pacientes con fibromialgia: revisio´n sistema´ tica. Med Clin (Barc). 2014.

Salvat, I.; P. Zaldivar, P; Monterde, S.; Montull,S.; Miralles,I.; Castel, A. Functional status, physical activity level, and exercise regularity in patients with fibromyalgia after Multidisciplinary treatment: retrospective analysis of a randomized controlled Trial. Springer-Verlag Berlin Heidelberg, 2016

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Saudações!

Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se!

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