Fatores modificáveis que causam a dor aguda na coluna lombar

   

A dor nas costas é muito prevalente na população mundial, afetando aproximadamente  10%  da  população.  Por  isso,  é  importante sabermos  quais comportamentos  que realizamos  no dia-a-dia  podemos  modificar para reduzir o risco do aparecimento da dor. 

Ferreira e colaboradores (2015) realizaram um estudo com 999 pacientes no período de um ano, onde tinham como objetivo investigar se alguns fatores físicos e psicológicos poderiam aumentar o risco do aparecimento da dor lombar aguda. Os indivíduos que participaram do estudo foram solicitados a quando sentissem dor, relembrar se nas últimas 96  horas  estavam  expostos  a  algum  dos  fatores  pré-definidos,  como  queda,  estresse, manuseio de carga pesada, entre outros.

Neste  estudo,  a  maioria  dos  participantes  relatou  que a dor interferia  nas suas atividades de vida diária e 35% dos mesmos definiram o horário da manhã como o momento que mais sentiam a dor.   As tarefas manuais envolvendo manutenção de posturas e com carga foram às atividades mais prevalentes que antecederam os episódios de dor. Outros fatores  que foram estudados e que demonstraram  risco para o aparecimento da dor nas costas foram:

- Tarefa manual envolvendo o manuseio de objetos afastados do corpo ;

- Tarefas manuais envolvendo pessoas ou animais;

-Tarefas manuais envolvendo objetos instáveis e desequilibrados;

- Exposição  a atividades  físicas  de intensidade  moderada ou vigorosa, sem que o indivíduo tenha preparo para tal;

-Tarefas manuais envolvendo cargas em postura antálgica.

Fatores  psicológicos  e  sociais  também  foram  estudados  nesta  investigação.  Os autores encontraram que a presença de estresse e a fadiga aumentam em três vezes o risco do aparecimento de dor lombar. Outro dado encontrado no estudo é que quando os participantes   realizavam   as  atividades   sem  muita  concentração,   de  uma  forma  mais distraída, eles sentiam dor.for distração também aumentou.

Com   isso,   os   autores   propõem   maior   atenção   ao   realizar   atividades   que movimentam a coluna, principalmente no período da manhã. Além disso, mudanças ergonômicas no campo de trabalho são importantes para diminuir os riscos no manuseio de objetos pesados. Soma-se a isso a educação em saúde, por meio de mensagens de alerta para a importância da eliminação dos comportamentos  que venham a gerar dor, como os supracitados.

Por exemplo, ao calçar o sapato pela manhã ou quando vai escovar os dentes, como fica  sua  coluna?  Você  tem  que  flexiona-la  muito  para  realizar  essas  atividades?  São atividades  que  realizamos  todos  os dias e muitas  vezes não observamos  a forma  como fazemos  e  acabamos  prejudicando  a  nossa  coluna.  Além  disso,  se  você  passa  o  dia trabalhando sentado, já prestou atenção na forma com você senta? Você faz micropausas durante   o   trabalho   para   dar   um   descanso   aos   músculos   e   não   causar   fadiga?

                                 

Referência :

Steffens, D.; Ferreira, M.L.; Latimer, J.; ferreira, Ph.H; Koes, B.W.; Blyth, F.; Li,Q.; Maher,C.G. What Triggers an Episode of Acute Low Back Pain? A Case–Crossover Study. Arthritis Care & Research Vol. 67, No. 3, March 2015, pp 403– 410

 

 

 

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   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

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Maíssa Helena

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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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