Exercícios para pessoas com dor lombar crônica e a sua influência na qualidade de vida

Exercícios para pessoas com dor lombar crônica e a sua influência na qualidade de vida.

 

A Qualidade de vida (QV) é a percepção de cada indivíduo sobre o modo no qual está vivendo, tanto no contexto da cultura e dos valores individuais que ele adota, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações; é uma mensuração multidimensional e que varia de pessoa para pessoa, pois engloba critérios como o funcionamento fisiológico, as atividades de vida diária, satisfação de vida. Aproxima-se ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética de cada pessoa. A qualidade de vida, por ser tão subjetiva, pode ser utilizada não só para medir a percepção do indivíduo relacionado à sua doença específica, mas também a qualidade de vida no geral, qualidade de vida ligada à saúde, ou ainda qualidade de vida no trabalho.

 

É comum que pacientes que apresentam dor lombar crônica, tornem esta o centro da sua vida, direcionando e limitando suas decisões e comportamentos. Como consequência surgem alterações na qualidade de vida desses indivíduos, modificando o seu dia a dia, seja alterando o seu bem estar físico como gerando distúrbios do sono, alteração de humor, dificuldades de concentração, redução da produtividade nas tarefas de casa e do trabalho. A partir dessas alterações, é importante que o indivíduo encontre meios de reorganizar suas atividades de forma a aprender a lidar com a dor e planejar estratégias que ajudem a manter sua qualidade de vida. Dessas estratégias, podemos destacar a prática de exercício físico, que é uma variável determinante da qualidade de vida, assim como outros fatores importantes como a alimentação, a saúde mental e o combate ao estresse.

 

Visto que a qualidade de vida é uma variável subjetiva, ela pode ser mensurada por diversos instrumentos, alguns deles são:

- O WHOQOL-100 (https://www.ufrgs.br/psiquiatria/psiq/whoqol-100.html)

-  WHOQOL BREF  (https://www.ufrgs.br/psiquiatria/psiq/whoqol84.html)

- SF36 (https://www.ufjf.br/reabilitacaocardiaca/files/2008/07/SF-36_Questionario-de-qualidade-de-vida.pdf)

 

Com base em estudos epidemiológicos e fisiopatológicos, existe um consenso que os exercícios estimulam a saúde em diversos aspectos e podem ajudar as pessoas a manterem o maior vigor possível, melhorar a função em diversas atividades e assim, ajudar para o alcance de uma melhor qualidade de vida.

 

Dentre as modalidades de exercícios físicos que colaboram para o ganho da qualidade de vida, temos:

- Exercícios de aquecimento;

- treino aeróbico (caminhada; andar de bicicleta);

- fortalecimento muscular (exercícios de ponte; agachamento);

- coordenação e resfriamento (caminhadas lentas, alongamentos);

- Exercícios na água (hidroginástica);

- Exercícios terapêuticos gerais (fortalecimento, alongamento e resistência muscular global);

- Exercícios para estabilização segmentar da coluna (elaborados para ativar os músculos profundos do tronco);

 

A prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física, seja na sua vertente da saúde, como nas capacidades funcionais. Outro benefício promovido é a melhora das funções orgânicas e cognitivas, garantindo maior independência pessoal e prevenindo doenças. Segundo estudos, foi demonstrado que terapias com exercício físico podem ser indicadas como parte do tratamento para pacientes com dor lombar crônica, com o objetivo de melhorar a dor, a função e a qualidade de vida.

 

Considerando todos os benefícios promovidos pela prática regular de atividade física, tem sido sugerido que esta seria uma alternativa para melhorar a qualidade de vida. Uma vez que é importante não apenas aumentar os anos vividos pelos indivíduos, mas também aumentar concomitantemente a qualidade durante esses anos.

           

Referências:

https://www.scielo.br/pdf/rbgg/v13n2/a14v13n2.pdf

https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/1736/1807

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132013000400014&lang=pt

 

BEM-VINDO AO SITE DO MOVIMENTO

Saudações!

                                                        

   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Gabrielle Rodrigues Freire

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Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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