Entrevista com a Fisioterapeuta Vilena Figueiredo

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Vilena Figueiredo Xavier

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (1990) e Mestrado em Patologia pela Universidade Federal do Ceará (2005). Atualmente é Professora Assistente I do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e compõe o corpo docente do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar à Saúde da Mulher e da Criança da Universidade Federal do Ceará. , atuando principalmente nos seguintes temas: fisioterapia, artrite reumatóide, fibromialgia, disfunções uroginecológicas

 

 

Projeto Movimento: Sabemos que a artrite reumatoide é uma condição crônica assim como a fibromialgia e que ambas geram dor crônica. Como é feita a abordagem da dor crônica nessas condições

           Dra. Vilena:   A dor parece ser um aspecto em comum nas doenças reumáticas, entretanto o limiar e a percepção da mesma parecem assumir padrões diferenciados em função das diferentes patologias reumáticas. É importante ressaltar que a abordagem deve ter como objetivo não somente o controle da dor, mas também deve contemplar a melhora da capacidade funcional. Nesse contexto destacam-se as medidas educativas que visam adoção de comportamentos que direcionem o paciente a uma condição saudável.

 

Projeto Movimento :Qual a relevância da dor crônica na vida do paciente reumático?

Dra. Vilena : Nos últimos anos, a repercussão das doenças sobre as diversas dimensões da vida dos pacientes com doenças crônicas tem sido discutida em vários estudos. Em Reumatologia, esse aspecto é importante, visto que o comprometimento do sistema musculoesquelético com seus sintomas dolorosos pode levar à incapacidade funcional, alterando a realização das atividades da vida diária e levando à diminuição da qualidade de vida dos pacientes.

 

Projeto Movimento : Vamos falar do ato de movimentar-se. Gostaríamos de saber sua opinião sobre o movimento em pacientes com dor crônica musculoesquelética.

Dra. Vilena : Os exercícios são reconhecidos como a principal estratégia para a melhora da funcionalidade e consequentemente da qualidade de vida. É importante levar em conta os limites da dor e fadiga, dentre outros aspectos terapêuticos. O movimento deve fazer parte do estilo de vida do paciente.

 

Projeto Movimento: Quais aspectos você considera importante para a qualidade de vida de um indivíduo com dor crônica?

 Dra. Vilena:  Sabemos que o termo “qualidade de vida” é muito amplo e encontra-se intimamente ligado à saúde, referindo-se a vários aspectos que podem estar relacionados às diferentes percepções, às crenças, às expectativas individuais e às condições físicas, psicológicas e sociais. É importante motivar o paciente estimulando-o a buscar hábitos de vida mais saudáveis incluindo nesse contexto a realização de exercícios regulares, alimentação adequada, qualidade do sono, melhora da postura, dentre outros.

 

Projeto Movimento: Sabemos que você atua com pacientes com fibromialgia e artrite reumatoide, que são doenças crônicas. Gostaríamos de saber como um diagnóstico precoce possibilita o melhor tratamento da dor crônica nesses casos.

Dra. Vilena: A fibromialgia e a artrite reumatoide representam um constante desafio, a primeira, caracterizada por dores musculoesqueléticas difusas, dor à palpação em locais específicos, distúrbios do sono, fadiga, cefaleia crônica, alterações psicológicas e intestinais e a segunda, com suas manifestações sistêmicas e articulares. Dessa forma, esse desafio constantemente nos impulsiona com novas e estimulantes questões. Um profundo conhecimento sobre essas condições, seus diagnósticos e progressões são essenciais para avaliar e ponderar sobre as intervenções necessárias e contribuir para diminuir o impacto destas na vida dos pacientes, melhorando sua qualidade de vida.

 

Projeto Movimento: Como a Fisioterapia pode atuar ajudando pessoas que tem dor crônica? Fale-nos um pouco da sua experiência com este público.

Dra. Vilena : O papel da Fisioterapia no atendimento a esses pacientes é um aspecto fundamental e gera a necessidade de identificar corretamente as necessidades e metas para que esse tratamento seja efetivo. Os exercícios terapêuticos constituem o principal recurso fisioterapêutico na melhora funcional de pacientes com dor crônica. O tratamento a esses pacientes inclui os exercícios aeróbicos, os alongamentos musculares, treino de força, hidroterapia e as terapias manuais. Também podem ser utilizados os recursos eletrotermofototerápicos ressaltando-se que devemos observar certos cuidados na escolha desses recursos enfatizando-se a necessidade de associa-los aos exercícios para que ocorra a melhora da sintomatologia. Minha experiência no atendimento a pacientes com dor crônica foi principalmente com o paciente reumático. Nesses atendimentos sempre procurei observar as individualidades de cada paciente e priorizar uma adequada avaliação funcional, priorizando também a educação em saúde como parte integrante do tratamento. Essas orientações  devem permitir uma melhor compreensão de sua doença e maior controle sobre a dor, além de facilitar adesão ao tratamento.

 

 

 

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   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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