Entendendo a origem da lombociatalgia e a possibilidade de tratamento ativo
Vocês sentem ou conhecem alguém que se queixa de dor na coluna lombar associada à irradiação da dor para as pernas? Hoje abordaremos um pouco sobre a lombociatalgia e a perspectiva de tratamento conservador ativo, ou seja, através de exercícios terapêuticos. Mas, o que é a lombociatalgia? Refere-se a um processo doloroso na região lombar associado à irradiação da dor para as pernas, em que os sintomas podem incluir desde a própria dor lombar, dor ao longo da perna em direção ao pé, sintomas sensoriais como dormências e fraqueza muscular.
Inicialmente, é importante entendermos que a dor lombar associada ou não a ciatalgia é uma questão de saúde comum. Sabemos que pode afetar um número importante de indivíduos ao longo da vida, podendo ser incapacitante e levar a custos diretos e indiretos significativos para o indivíduo e para a sociedade. Acredita-se que a compressão da raiz nervosa lombar (hérnia de disco) seja uma das causas da ciatalgia, principalmente se a queixa dolorosa se estende abaixo do joelho.
De forma curiosa, o progresso natural da lombociatalgia devido a uma hérnia de disco geralmente é favorável, existindo pesquisas demonstrando que muitas herniações são solucionadas pelo próprio corpo após alguns meses. Contudo, uma grande proporção de indivíduos se queixa de dor e dificuldades de realizar tarefas, sendo assim cabível de intervenções adequadas que proporcionem diminuição da dor e aumento da funcionalidade.
Na perspectiva do tratamento, as diretrizes internacionais de manejo da dor lombar reforçam a evolução geralmente favorável dos sintomas dolorosos, incluindo alta probabilidade de melhora no primeiro mês, além da importância de permanecer o mais ativo possível nas atividades do dia a dia, respeitando os limites do próprio corpo. As abordagens para lombociatalgia que não seja severa têm sido recomendadas em intervenções não cirúrgicas e, em especial, as não farmacológicas, para melhora da dor e função nesses indivíduos.
Para exemplificar, vejam informações do estudo de Albert and Manniche conduzido na Dinamarca com 180 pacientes com ciatalgia grave que investigou a eficácia do tratamento conservador ativo, por meio de exercícios terapêuticos direcionados a coluna ou exercícios relacionados ao aumento da circulação sanguínea geral. Embora em grupos distintos, ambas as propostas foram associadas a informações sobre anatomia, lombociatalgia e como as discos vertebrais podem ser curados sem cirurgia, e ao encorajamento para permanecer o mais ativo, mas reduzir a atividade se a dor na perna aumentasse. O estudo trouxe como resultados melhorias significativas e clinicamente importantes na dor e funcionalidade destes indivíduos, com desfecho superior em grupo de exercícios para à coluna.
Nossa mensagem de hoje: o tratamento conservador ativo tem se mostrado eficaz para o manejo da ciatalgia, até mesmo para aqueles pacientes que apresentavam sinais e sintomas que normalmente poderiam ser encaminhados para procedimentos cirúrgicos.
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REFERÊNCIAS
- QASEEM, Amir et al. Noninvasive Treatments for Acute, Subacute, and Chronic Low Back Pain: A Clinical Practice Guideline From the American College of Physicians. Annals Of Internal Medicine, [s.l.], v. 166, n. 7, p.514-543, 14 fev. 2017. American College of Physicians. https://dx.doi.org/10.7326/m16-2367.
- Albert HB, Manniche C. The efficacy of systematic active conservative treatment for patients with severe sciatica: a single-blind, randomized, clinical, controlled trial. Spine (Phila Pa 1976). 2012;37:531-42. [PMID: 21494193] doi:10.1097/BRS.0b013e31821ace7f
- PEREIRA JUNIOR, Altair Argentino; SCHONS, Daliana Gonçalves. Os efeitos da Mobilização Neural em Pacientes com lombociatalgia. Fisioterapia e Saúde Funcional, Fortaleza, v. 2, n. 4, p.14-20, dez. 2015.