Dor crônica no Atleta :: Movimente-se

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22/11/2016 16:57

Amador ou profissional, a dor é uma queixa bastante comum no atleta.

Na busca pela vitória, é comum que o atleta tente exceder os limites de sua capacidade física e psicológica para enfrentar a grande quantidade de treinamento. A sobrecarga física das competições, o excesso de treino (overtraining), os intervalos insuficientes de recuperação e a exaustão emocional podem acarretar lesão que, no atleta de alto rendimento, pode representar uma ameaça para a sua carreira.

As lesões esportivas podem acontecer durante o treino ou durante uma competição e, na maioria das vezes, estão relacionadas ao uso excessivo de uma determinada parte do corpo ou associadas à um trauma direto, como visto muitas vezes em esportes de contato como o futebol, o rugby e as lutas. Estas lesões vão desde contusões, estiramentos e tensões musculares, até fraturas e lesões na cabeça.

Muitas lesões esportivas também ocorrem como consequência de um retorno prematuro ao esporte. A lesão quando não tratada ou sub-tratada pode causar um dano irreversível para articulações, músculos, ligamentos e tendões fazendo com que a lesão e, consequentemente, a dor torne-se crônica. Quando crônica, a dor traz implicações significativas na vida do atleta tanto no âmbito fisiológico quanto no emocional. A presença da dor interfere nas funções cognitivas, causa alterações do padrão de movimento e diminui a velocidade de ativação da contração muscular da região afetada.

Assim, na presença de uma lesão, é importante que o atleta receba tratamento imediato e adequado para que as condições de dor crônica possam ser prevenidas ou revertidas. É importante lembrarmos que, embora a dor no atleta seja considerada algo normal, ela não deve limitar o esporte por um período prolongado.

Evitar o repouso absoluto é uma medida importante que deve ser tomada. Os atletas sabem que a recuperação ativa os leva de volta às competições mais cedo e, por isso, estão sempre modificando seus exercícios para trabalhar as áreas que estão em torno da lesão. Até mesmo em casos de cirurgia é necessário reintroduzir o movimento o quanto antes a fim de prevenir complicações e evitar que a dor se prolongue por muito tempo. Além de manter-se ativo, outra arma eficaz na luta do atleta contra a dor é o uso do gelo e da compressão. Ambos ajudam na resposta inflamatória do corpo e ambos reduzem, comprovadamente, a dor (especialmente quando usado em conjunto).

Finalmente, é importante que o atleta procure a orientação de um médico, fisioterapeuta e um educador físico experiente no assunto. Além disso, respeitar os seus limites e não fazer uso de auto medicação é essencial para o sucesso do tratamento. Embora seja importante retornar às atividades esportivas o quanto antes, isso deve ser feito de forma gradual e responsável. Se for possível caminhar, faça caminhadas enquanto estiver lesionado. Se você não consegue andar, você pode tentar andar de bicicleta ou pode fazer hidroterapia. Há sempre uma opção e o importante é manter-se ativo.

Movimente-se.

Leia mais em:

1. Fricker, PA. Management of groin pain in athletes. Br J Sports Med. 1997 Jun; 31(2): 97–101. <www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1332605/>

2. Athletes And Chronic Pain: https://www.selfgrowth.com/articles/athletes-and-chronic-pain

3. Dor lombar no atleta (afecções da coluna vertebral no atleta) https://www.drfogaca.com.br/website/index.php/entenda-sua-doenca/dor-lombar-no-atleta

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Saudações!

Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se!

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