Fatores psicológicos influenciam na dor lombar?

      Segundo a Organização Mundial de Saúde, define-se que a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades. Percebemos como o nosso estado mental e social reflete no nosso bem estar físico, quando estamos ansiosos, felizes, nervosos, quando estamos com medo, reparamos como altera a nossas dores, ou percepções da mesma.

     Assim como existem fatores de nossa saúde física que influenciam na recuperação ou na persistência de um episódio de dor, fatores associados a nossa saúde mental parecem contribuir também para esta historia da queixa. Pesquisadores e clínicos já tem usado, ao avaliarem pessoas com dor lombar, por exemplo, maneiras para identificar fatores de risco psicológicos que contribuam para a não recuperação desta condição. Inicialmente, as pessoas se referiram a "bandeiras amarelas" para abranger, na historia do cliente, fatores de risco psicológicos e fatores de risco sociais e ambientais, relacionada à incapacidade prolongada e a dificuldade no retorno ao trabalho.

      Mais recentemente, esse sistema de bandeiras foi alterado a fim de classificar melhor a natureza dos fatores ligados a dor lombar. Uma das bandeiras ficou classificada como fatores psicológicos, como crenças, estratégias de enfrentamento a dor, medos, ansiedades (Bandeira Amarela), e outra como fatores psiquiátricos, como a depressão (Bandeira Laranja).

      Independente do uso de nomes de bandeiras ou outro qualquer, trouxemos o tema para notarmos que fatores como estresse, angústia e ansiedade, bem como humor deprimido e pensamento exagerado em relação a dor estão associados a ocorrência do processo de transição da dor de aguda para crônica. Atitudes passivas de uma pessoa para o enfrentamento de sua dor, como esperar por alguém para ajudar ou descansar, também foram relacionados a resultados negativos para a dor percebida. Seja você um profissional de saúde ou quem sofre da dor, precisamos reconhecer se existem estas questões relacionadas a dor sentida, e direcionar a abordagem do que preciso for para sua recuperação.    

      Este post foi baseado no texto de Nicholas et. al., 2011.

Referências:

NICHOLAS, Michael K. et al. Early identification and management of psychological risk factors (“yellow flags”) in patients with low back pain: a reappraisal. Physical therapy, 2011.

BEM-VINDO AO SITE DO MOVIMENTO

Saudações!

                                                        

   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
+

Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
+

Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
+