Discussões semanais de artigos

Feliz segunda feira amigos e colaboradores do projeto Movimento! Vamos iniciar a semana conversando sobre um artigo bem interessante.

“Effect on health-related quality of life of a multimodal physiotherapy program in patients with chronic musculoskeletal disorders”

Distúrbios musculares são as principais causas de morbidade no mundo e estas condições tem uma forte influência negativa na qualidade de vida das pessoas. Demonstrou-se que pessoas que sofrem de alguma dor crônica musculoesquelética estima a sua qualidade de vida muito baixa em comparação a pessoas que não tem dor crônica musculoesquelética. Os distúrbios musculares têm sido relacionados com sofrimento mental e depressão. 

Um dos objetivos do “Bone and Joint Decade”- associação entre pacientes, profissionais e interessados para estudar e promover debates sobre a dor crônica musculoesquelética-  é melhorar a qualidade de vida e diminuir os riscos causados pelos distúrbios musculoesqueléticos, promovendo a consciência no paciente, mostrando a ele os riscos e os custos que esse problema pode causar, dando assim o empoderamento ao paciente para participar das decisões, promovendo prevenção e tratamento.

O exercício é considerado uma parte eficaz no tratamento com fisioterapia, quando feito da maneira correta, para proteção e prevenção de potenciais efeitos adversos. Um estudo de fisioterapia concluiu que a restauração do movimento e da função é uma parte essencial da abordagem colaborativa necessária para a gestão da dor. O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) recomenda incluir no programa  exercícios de força, aeróbico e flexibilidade, com 2-3 sessões de tratamento por semana. Podendo ser incorporados atividades multimodais, com aspectos psicológicos, educacionais e sociais. Estudos demonstram que atividades físicas podem melhorar a qualidade de vida de adultos com dor crônica musculoesquelética, sendo esse feito no solo ou na água.  

Com isso o objetivo desse estudo foi avaliar os feitos de um tratamento multidimensional durante 8 semanas, integrando exercícios terapêuticos e educação em saúde. Foi analisada a diferença na qualidade de vida e dados gerais da saúde de pacientes com dor crônica antes e depois da intervenção.  O paciente participou de uma avaliação, feita por fisioterapeuta, antes e uma após o tratamento. A intervenção realizada por duas vezes na semana, 30 min no solo e 30 min na água. Os participantes foram motivados a adotar um papel ativo no programa.

Todas as variáveis analisadas neste estudo mostraram diferenças significativas após oito semanas de intervenção. Essas diferenças foram clinicamente relevantes nos questionários de qualidade de vida. Por outro lado, a evolução no estado de saúde física (PHS) e estado de saúde mental (MHS) poderia ser interpretado como manutenção estatisticamente significativa desses estados.

               Com base nos resultados obtidos neste estudo, e comparando-os com outros de características semelhantes, é possível afirmar que o MPTP (programa de fisioterapia multimodal), integrado pela educação em saúde e exercício terapêutico, alcança resultados semelhantes levando em consideração sujeitos distribuídos por grupos de patologias específicas ou se eles são integrados em um grupo de pacientes que sofrem com dor musculoesquelética crônica, como apresentado neste estudo.
               Portanto, foi ressaltado pela pesquisa a necessidade de ser levado em conta esse fator no planejamento e na implementação de um programa de tratamento para estes pacientes. O estudo apresentou como limitação a ausência de um grupo controle que possibilitasse a comparação de resultados entre grupos, apresentando assim resultados mais confiáveis, além da falta de um longo prazo de seguimento desses pacientes.
               As medidas de desfecho foram utilizadas em escalas de auto-relato tornaram-se muito pessoais e dependentes da percepção do indivíduo sobre a qualidade de vida. Os valores foram atribuídos de acordo com os aspectos da sua doença, como dor, saúde física / mental. A percepção da qualidade de vida dependerá também das diferentes experiências de vida e aspirações, assim como do ambiente, a cultura e das circunstâncias que se está exposto. 

            O estudo afirma a utilidade clínica desses resultados, permitindo que fisioterapeutas desenvolvam um programa eficaz de terapia aquática e um bom manejo para pessoas com transtornos musculoesqueléticos crônicos através de uma intervenção multi-modal similar.

               Como conclusão o estudo afirma que 8 semanas de um programa de fisioterapia multimodal parece revelar uma melhora moderada do estado geral de saúde e qualidade de vida de pacientes com doenças musculoesqueléticas crônicas. Este tipo de exercício terapêutico pode ser recomendado para pacientes que apresentam estas características, pelo menos à curto prazo.
artigo completo:4 Cuesta-Vargas et al 2013.pdf (218790)
 
               E então o que vocês acharam do artigo sugerido? O tratamento multimodal parece ser uma boa alternativa para os pacientes com dor musculoesquelética crônica? E os aspectos metodológicos comentados na semana passada foram respeitados? Participe deixando um comentário aqui. 

BEM-VINDO AO SITE DO MOVIMENTO

Saudações!

                                                        

   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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