Crenças e a Recuperação da Dor Lombar
Olá, amigos do Movimento. Hoje iremos conversar um pouco sobre crenças e o prognóstico da dor lombar crônica. Vocês acreditam que as nossas crenças podem influenciar no percurso da nossa dor?
À ciência tem mostrado que crenças, valores e atitudes influenciam na experiência dolorosa do indivíduo. Observa-se que as crenças, em especial, interferem diretamente na percepção da dor e no comportamento ao lidar com esta condição. As atitudes dos pacientes e mesmo dos profissionais de saúde diante da dor influenciam sua tomada de decisão sobre como tratar da dor.
Mas o que são crenças? Crença é tudo aquilo que acreditamos, que defendemos e que consideramos como verdade. Nossas crenças podem ser derivadas de experiências pessoais, familiares ou de influências externas. São as crenças que moldam nossos comportamentos e que norteiam nossas atitudes. Vocês faziam ideia de que as crenças que adquirimos ao longo da vida interferem tanto no nosso cotidiano?
Pois bem, por influenciarem nossas atitudes, as crenças negativas podem gerar sentimentos e atitudes negativas diante de uma condição de saúde, interferindo no seu prognóstico. Um exemplo é o paciente que acredita que, devido a sua condição, não poderá mais realizar as atividades diárias, ou que irá piorar se não ficar em repouso, ou até mesmo que a dor que sente é sinal que algo grave está acontecendo. Esses pensamentos negativos e de catastrofização da dor são comuns em indivíduos com dor lombar crônica e contribuem para uma condição incapacitante.
Mas, felizmente, o contrário também é verdade, ou seja, crenças positivas, por exemplo, “eu posso melhorar da dor”, ou “se eu me movimentar vou melhorar”, são estímulos importantes diante do enfrentamento da dor e que auxiliam na prevenção da incapacidade relacionada à dor lombar. E agora? Qual a sua escolha?
Entender melhor sobre sua dor, considerando pensamentos favoráveis para sua recuperação e formas de enfrentar o quadro doloroso, ou alimentar crenças negativas que lhe distanciam de uma vida que funcione bem? O Movimento lhe incentiva a enfrentar positivamente todas as barreiras. Vem Movimentar!
Leia mais em:
KURITA, Geana Paula; PIMENTA, Cibele Andrucioli de Mattos. Adesão ao tratamento da dor crônica e o locus de controle da saúde. Rev Esc Enferm Usp, São Paulo, v. 38, n. 3, p.254-261, 2004. https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v38n3/03.pdf
TEIXEIRA, Luiza Faria. ATITUDES E CRENÇAS SOBRE DOR LOMBAR EM IDOSOS DA COMUNIDADE: dados do estudo BACE. 2015. 156 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências da Reabilitação, Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional/ufmg, Belo Horizonte, 2015. https://www.eeffto.ufmg.br/eeffto/DATA/defesas/20160523112514.pdf