Chikungunya e Dores articulares

 

Transmitida pelo mesmo mosquito transmissor (Aedes Aegypti ) da Dengue, a Chikungunya também alastrou-se em quase todo o Brasil. Estima-se que 50% da população possa ser afetada por esta doença, enquanto pela dengue o percentual varia entre 5 a 10%. São doenças de quadros clínicos semelhantes e que possuem as mesmas formas de prevenção, em que a ideia principal é não deixar brechas para a proliferação do mosquito transmissor adotando medidas simples, como: verificar se a caixa d ́água está bem fechada; não acumular recipientes com água parada e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, por exemplo.

Os sintomas das duas doenças são basicamente os mesmos, febre alta, dor muscular e articular e dores de cabeça. Entretanto, o que difere uma da outra é que no caso da chikungunya as dores articulares podem afetar todas as articulações, até da coluna vertebral e, na maioria das vezes, são debilitantes, podendo gerar até incapacidade ao indivíduo.

Outro fato que chama atenção dentro do quadro das dores articulares é a poliartrite simétrica, que afeta principalmente punhos e tornozelos.  O estágio da dor, em geral, melhora após 10 dias, mas também pode durar meses e ter reincidência. “Mas mesmo com o fim da viremia - período em que o vírus circula no sangue - a dor e o inchaço causados pela doença podem retornar ou permanecer durante cerca de três meses. Em cerca de 40% dos casos, eles tornam-se crônicos e podem permanecer por anos”. (COSTA, 2016)

Indivíduos acometidos relatam que muitas vezes não conseguem exercer suas atividades diárias, como ir trabalhar, devido às dores muito intensas que não melhoram com os analgésicos. Outros chegam a dizer que não conseguem realizar atividades simples, como pentear os cabelos e tomar banho sozinho.

É uma doença que gera um grande impacto negativo na qualidade de vida dos afetados e que, além disso, pode gerar um impacto econômico, tanto por incapacitar pessoas para o trabalho, quanto por aumentar a busca por serviços de saúde.

No tratamento, além da utilização de paracetamol e dipirona para diminuir a dor e a febre, é importante uma avaliação fisioterapêutica com uma prescrição individualizada de acordo com a capacidade e necessidade do indivíduo, no geral, exercícios leves que possam auxiliar no controle da dor, diminuindo a rigidez articular a qual os pacientes são acometidos. Estudos mostram que a prática de exercícios físicos auxilia na melhora da mobilidade articular, sem oferecer danos às articulações ou a piora da condição.

Referências:

Chikungunya: alta taxa de incidência e graves sintomas reumatológicos que podem tornar-se crônicos https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15775/2/Chikungunya_%20alta%20taxa%20de%20incid%C3%AAncia%20e%20...tol%C3%B3gicos%20que%20podem%20tornar-se%20cr%C3%B4nicos.pdf

Cenário no Brasil – https://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sas/dahu/cgad/11-cidadao/cidadao-principal/agencia-saude/15000-saude-atualiza-situacao-do-virus-chikungunya-2

Dolorosa e duradoura, 'chikungunya vai ser surpresa maior que zika’, diz pesquisador -

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-36414706

Chikungunya no Brasil: um desafio emergente – https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100283

ARTRITE REUMATÓIDE E EXERCÍCIO FÍSICO: RESGATE HISTÓRICO E CENÁRIO ATUAL -https://www.periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/view/755/764

Fiebre Chikungunya Amenaza para la Región de las Americas - https://www.bernardodefillo.com/CHIKVSaludMilitarCapMedLilianPorta.pdf

BEM-VINDO AO SITE DO MOVIMENTO

Saudações!

                                                        

   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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