Benefícios do exercício físico para pacientes com dor crônica de origem musculoesquelética

Benefícios do exercício físico para a dor crônica

Você sabe a diferença entre exercício físico e atividade física? Muitas pessoas sabem que existe alguma diferença, mas não exatamente o que os diferenciam. Ambos estão relacionados a prática de algum movimento;

 Atividade física refere-se a qualquer movimento do dia a dia, tudo o que você realiza que exige movimento do corpo, como passear com o cachorro, lavar o carro, varrer e brincar;

 

  Exercício físico é quando realizamos movimentos em sequência sistematizada de diferentes partes do corpo, realizando de uma forma planejada e com um objetivo a ser alcançado, como caminhada, prática de esportes, hidroginástica.

As duas formas de atividades trazem benefícios para a saúde, e o ideal para ser ativo fisicamente. Existe um ciclo muito comum na vida das pessoas que sofrem com alguma dor crônica de origem musculoesquelética. Quando começam a sentir dor, com medo de que as dores piorem, restringem os movimentos, esse comportamento é chamado de cinesiofobia, quando o indivíduo tem medo que ao realizar algum movimento e principalmente o exercício físico, provoque a dor, gerando mudanças no seu habito de vida e seu comportamento. O sedentarismo, além de causar o aumento das dores, geram consequências como: obesidade;  diminuição da força muscular visto que esse sistema não é mais tão ativado;  rigidez nas articulações como consequência da inatividade e da falta de movimentação do corpo tornando as articulações mais rígidas;  diminuição da capacidade respiratória e cardiovascular pois os sistemas acabam desadaptando e tornando menos trabalhado já que as atividades reduziram e não são mais exigidos com tanta intensidade como durante uma caminhada ou um alongamento. Formando o ciclo da dor crônica!

Benefícios do exercício físico para indivíduos com dor crônica:

- Aumento do limiar da dorcorresponde a uma melhor resposta a dor, pois o indivíduo vai necessitar de um maior estímulo para que perceba a dor, o que antes ao mínimo estímulo ele já apresentava o desconforto e a sensação de dor.

- Previne doenças secundárias O exercício melhora na saúde do indivíduo, prevenindo que ele adquira hábitos sedentários que resultem que diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e outras dores no corpo devido à inatividade.

- Tira o foco da dor – o indivíduo tira a dor do centro da sua vida e passa a se concentrar mais no que lhe faz bem, deixando a dor de lado e até diminuindo sua percepção.

-Melhora o sono – o exercício auxilia no ciclo do sono, ajudando principalmente aqueles que têm insônia.

- Aumenta a flexibilidade e a resistência com a prática de exercícios,o corpo passa a se adaptar ao que é exigido, aumentando assim a sua flexibilidade para realizá-los, e sua resistência ao movimento que aumenta gradativamente.

-Combate a osteoporose – o exercício ajuda na reabsorção do cálcio, o que previne a osteoporose.

- Reduz a dor e rigidez nas articulações com a movimentação, as articulações são movimentadas e libera assim um líquido chamado de líquido sinovial que lubrifica as articulações e evita a rigidez que resulta em dor.

-Fortalece a musculaturaquando a musculatura é ativada, ela vai criando forças para realizar as atividades desejadas, gerando força em todo o sistema muscular e melhor condicionamento físico evitando o aspecto de sedentarismo; além de fortalecer a musculatura estabilizadora da coluna, o que ajuda na redução da dor e prevenção de futuras lombalgias.

Existem vários tipos de exercício, como os aeróbicos (entre eles a caminhada, corrida, natação, bicicleta), os de fortalecimento (que utilizam resistência seja do próprio corpo ou de forças externas, muito comuns em academias), os de flexibilidade (que servem para alongar o músculo e fazer com que ele se adapte ao exercício), os de alongamento (ajudam no relaxamento como alongamentos de pescoço, coluna, pernas e braços, são realizados lentamente), procure um que você goste. Porém, é importante que o paciente procure um profissional que esteja habilitado para lhe indicar o melhor exercício e como ele deve ser executado, pois cada pessoa tem suas particularidades e limitações.

Existem muitos artigos que trazem informações que comprovam que o exercício físico feito de forma continua é benéfico para pacientes que sentem dor crônica muscular. Um exemplo é  o artigo: “Efetividade do exercício físico em ambiente ocupacional para controle da dor cervical, lombar e do ombro: uma revisão sistemática.”( link do artigo: www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n6/02.pdf), onde o autor fez uma revisão sistemática com o objetivo de avaliar a prática de exercício no ambiente ocupacional para o controle da dor musculoesquelética. Concluindo que existem evidências que um programa de exercício físico feito com acompanhamento de profissional e de forma contínua é benéfica para o controle da dor.

Além de estudos que comprovam o benefício do exercício, em nossos grupos do Projeto Movimento também são encontrados resultados benéficos, onde os pacientes passam a compreender a importância da atividade física e do exercício físico e com isso ser passam a ser ativos fisicamente, reduzindo as taxas de sedentarismo e evitando consequências como obesidade, pressão alta, diabetes, e além de tudo, evitam o surgimento da dor lombar crônica e até mesmo a sua prevenção.

Movimente-se!

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   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

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RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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