Atenção básica de saúde e a dor na coluna: onde encontrar tratamento fisioterapêutico disponível?

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09/06/2017 09:23

A Atenção Básica de Saúde (UBS) é um conjunto de ações, de caráter individual e coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, tratamento e a reabilitação. É através da UBS que o paciente recebe seu primeiro atendimento na rede pública, e através dela também pode ser encaminhado a outros serviços especializados, como realização de exames ou encaminhamento a um profissional especialista. O Fisioterapeuta está inserido nos Núcleos de Apoio à Família (NASF) e em algumas UBS, onde as atividades desenvolvidas pela fisioterapia no contexto podem ser em grupo ou individual, para promoção da saúde e prevenção de agravos.

Em Fortaleza-CE contamos com 86 UBS, que funcionam das 7h até às 19h, divididas entre as regionais. Entre elas a Unidade Básica de Saúde Anastácio Magalhães, localizada no Bairro Rodolfo Teófilo, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, proporciona a oferta de intervenção Fisioterapêutica para tratamento para dor na coluna com duração superior a três meses, onde os atendimentos são desenvolvidos pelo Projeto Movimento. Os atendimentos são em grupo, e neste semestre eles acontecem nos dias de Segunda e Quinta, no período da tarde.

Abaixo seguem as principais dúvidas sobre a intervenção do Projeto Movimento:

Eu tenho dor na coluna, como faço para participar dos atendimentos?

É fácil, os requisitos são: idade igual ou maior a 18 anos, ser residente de Fortaleza, e ter como queixa principal dor na coluna, que se caracteriza por uma dor com duração igual ou maior a três meses.

Em que consiste a intervenção fisioterapêutica?

Os atendimentos seguem em caráter de grupo, porém cada paciente tem um desenvolvimento e acompanhamento individualizado, voltado para sua condição de saúde. São oito encontros divididos semanalmente. O primeiro dia conta com uma avaliação individual e específica voltada para a queixa do paciente, com aplicação de questionários e exame físico. Nos outros atendimentos são abordados temas como: neurofisiologia da dor, uso consciente de medicação, métodos analgésicos, atividade física e exercício físico, planejamento, organização, conservação de energia, prescrição e progressão de exercícios específicos de acordo com a necessidade e capacidade individual. No último dia de intervenção é realizada a reavaliação de todos os parâmetros. O Projeto Movimento busca fornecer as ferramentas para que o indivíduo tenha uma vida ativa e com qualidade.

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Referências:

FONSECA, Juliany Marques Abreu da et al. A FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Physical therapy in primary health care: an integrative review. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Pauí, v. 2, n. 29, p.288-294, jun. 2016.

LANGONI, Chandra da Silveira; VALMORBIDA, Luiza Armani; RESENDE, Thais de Lima. A INTRODUÇÃO DE ATENDIMENTOS POR FISIOTERAPEUTAS EM UNIDADES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE The introduction of individual treatment by resident physical therapists in primary care units. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Porto Alegre, v. 3, n. 25, p.261-270, set. 2012.

CEARÁ, Governo do Estado do et al. Secretaria de saúde. 2011. Disponível em: <https://www.saude.ce.gov.br/#site>. Acesso em: 30 maio 2017.

SUS, Portal do Departamento da Saúde et al. Portal da saúde. 2012. Disponível em: <https://dab.saude.gov.br/portaldab/resultado.php?pesquisa=fisioterapia>. Acesso em: 30 maio 2017.

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Saudações!

Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se!

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