A INFLUÊNCIA DA AUTOEFICÁCIA NO CURSO DA DOR CRÔNICA MUSCULOESQUELÉTICA

    Você sabia que determinadas crenças, como o medo de sentir dor e de realizar determinados movimentos podem interferir na sua capacidade de realizar tarefas e levar a comportamentos que desencorajam ou aumentam a preocupação em realizar atividades?

    Inicialmente, podemos entender que crenças são ideias consideradas pelas pessoas como verdades absolutas, sendo que estas podem influenciar os indivíduos tanto na percepção, quanto na expressão da dor e no manejo do seu quadro doloroso. Assim, tais crenças também podem predizer um pior prognóstico em relação ao curso da dor, levando a pensamentos negativos e de incapacidade funcional. Ao falarmos sobre crenças relacionadas à saúde, dentre as que são importantes na vivência e manejo da dor crônica, as de autoeficácia merecem uma atenção especial.

Fonte: Google imagens

    Nessa perspectiva, entende-se que a autoeficácia é a crença sobre a habilidade pessoal de desempenhar com sucesso determinadas tarefas ou comportamentos para produzir um resultado desejado, ou seja, é a convicção de uma pessoa de ser capaz de realizar uma tarefa específica. Assim, os estudos apontam que quanto menor a autoeficácia, maior será a adesão a comportamentos dolorosos e de evitação da dor. Um exemplo ocorre quando determinada pessoa decide se afastar do seu trabalho por acreditar que não conseguirá realizar suas tarefas devido sua condição dolorosa, associando o seu movimento laboral a uma ameaça.

    O estudo de Salvetti et al. 2012, que teve por objetivo identificar a prevalência e os fatores associados à incapacidade em pacientes com dor lombar crônica, identificou que dentre outros fatores, a incapacidade também foi mais frequente entre os indivíduos com baixa autoeficácia. Existem evidências que indivíduos com baixa autoeficácia não se envolvem efetivamente no tratamento, comumente apresentam atitudes mais passivas e desistem com maior facilidade dos seus objetivos. A notícia boa é que tais crenças podem ser modificadas, através de estratégias e intervenções específicas para que se possa identificá-las e ressignificá-las.  

    O quão capaz você se sente para lidar com a sua condição de saúde? Quais as suas atitudes para modificar o que você sente hoje? Estejamos atentos! A autoeficácia é uma crença importante no contexto das dores crônicas e interfere de forma direta na percepção, sintomatologia, e piora da funcionalidade física e psíquica dos indivíduos. Vamos enfrentar e vencer essa situação desafiadora! Movimente-se!  

Leia mais em:

SALVETTI, Marina de Góes; PIMENTA, Cibele Andrucioli de Mattos. Dor crônica e a crença de auto-eficácia. Rev Esc Enferm Usp, São Paulo, v. 41, n. 1, p.135-140. 2007.

SALVETTI, Marina de Góes et al. Incapacidade relacionada à dor lombar crônica: prevalência e fatores associados. Rev Esc Enferm Usp, São Paulo, v. 46, n. 1, p.16-23, jan. 2012.

BEM-VINDO AO SITE DO MOVIMENTO

Saudações!

                                                        

   Nós resolvemos começar o ano encarando um desafio grande que é considerado um dos maiores na saúde em nosso país. Sim, estamos falando da dor crônica – em nosso caso, especificamente a dor crônica musculoesquelética. Sim, também sabemos que escutamos a respeito dela nas faculdades, nos consultórios, nas pesquisas ou até mesmo na nossa casa, afinal quem não conhece uma “Maria das Dores”. Então resolvemos começar um projeto para que essa roda de conversa alcance o vizinho. Queremos estudar a dor crônica, entender os mecanismos fisiopatológicos e comportamentais associados a ela, assim como as incapacidades e funcionalidades observadas com ela mas, além disso, queremos traduzir os achados do que lemos e fazemos para a população de Fortaleza. Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e queremos alcançar aquela pessoa que diz ter dor nas costas, nas juntas, nos quartos e outros cômodos e não sabe bem como agir diante disso. Tanto não sabem que muitos ficam parados por aí, com medo do que ela pode virar e seguem, parados, esperando por acesso a saúde, por possíveis tratamentos que demoram a chegar e, quando chegam, já estão diante de um quadro bem mais complexo de ser encarado. “Não vou fazer isso porque dói”; “melhor ficar quieto que passa”; “Ah, antes eu fazia de tudo, mas agora eu tenho medo de fazer e piorar”... são frases comuns que escutamos. Sabemos que a dor não pode ser encarada simplesmente assim. Já conhecemos também os benefícios do movimento (bem) orientado para melhora da funcionalidade daquele que sente dor crônica – como a literatura já tem informações importantes sobre isso! Mas como passar isso para o vizinho, ah, sim, aí nosso desafio ganha outro tamanho. Como traduzir a informação científica para que ele entenda? Como avalia-lo e saber qual a necessidade do seu sistema corporal? Como fazê-lo aderir às recomendações propostas para seu perfil? E, finalmente, como podemos ajudar nosso sistema de saúde a descomplicar um pouco a dor? Ah, essa desafio é bastante desafiador! E como se já não bastasse, queremos transmitir o conhecimento aos quatro cantos do mundo através deste blog. Multiplicar os benefícios deste projeto e promover mais saúde para quem nos lê. Vem com a gente? Movimente-se! 

Projeto Movimento

Nossa equipe

RAFAELA FERREIRA ALVES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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DAYSE SOARES FERNANDES

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Gabrielle Rodrigues Freire

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Catharina Nobre

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Ana Ellen Nascimento

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Saulo de Lima Silva

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Maíssa Helena

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Extensionista do Projeto Movimento
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Fabianna Resende de Jesus Moraleida

Fisioterapeuta, Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui o título de mestre pelo mesmo programa (2009), com ênfase em Desempenho Motor e Funcional Humano. Possui especialização em Ortopedia e Esportes (2007) e graduação em...
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Ana Carla Lima Nunes

  Professora Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade de Medicina (UFC). Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Especialista em Terapia Manual e Postural, Cesumar (PR), Osteopata pela Escola de Osteopatia de Madri (sede Campinas/SP), Mestre em Fisioterapia -...
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